"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Friedrich Nietzsche



sábado, 13 de novembro de 2010

Ausência em mármore



Ausências sonâmbulas
madrigais que se acendem
como carícias de mar.

Respirações amarfinadas
submersas em lago marmóreo
como superfícies gélidas.

Semblantes ausentes
como aurora interrompida
pelas venezianas da janela.

Segredos em sangue
como corpos estendidos,
como sílabas de fogo.

Pássaros disformes, teu olhar
como presenças quebradas,
como algo que se acende
E apaga.

8 comentários:

Rosa Maria disse...

"Ausências sonâmbulas / madrigais que se acendem / como carícias de mar."

És perfeita na escolha das palavras, no ritmo, nos tons.
Como sabes fazer arte!

Querida, eu sou tua fã.

Seu aluno disse...

Ausência em mármore... Até o título é belo.

Karoline Serpa disse...

Obrigada pelas gentilezas todas, Rosa Maria.

Quem é o meu aluno gasparzinho? rs

Nina Amorim disse...

Ah, essas presenças pétreas.

Visitando os amigos nessa tarde meio bucólica de feriado, rs.

Um beijo,
Nina.

Gomes disse...

"Pássaros disformes, teu olhar".

Linda imagem.
Parabéns pelo blog.

Karoline Serpa disse...

Ah, as tardes bucólicas, sempre inspiradoras.

É um prazer tê-la aqui, Nina.
Beijo!

Obrigada, Gomes.

Maria disse...

"como algo que acende..."que sua simplicidade e suas palavras sempre continuem a acender nossa visão para algo novo puro e singelo! é sempre uma honra ler-te

Helena Castelli disse...

Texto e imagem belíssimos!...

Vou compartilhar em meu blog... espero encontrar uma imagem adequada... a que voce postou caiu como uma luva...

Beijos de bom domingo.