Dedos nervosos
cacos
fragmentos de sangue
de cartas
nervos
algo se quebra
e some
memória
cansaços
vidas se perdem
perdem-se vidas
fragmentos de vidas
passadas
reflexos de coisas
ausentes
tornarão a ser
cansaços
memórias
daquilo que se perde
e some
como cacos
e não há dor
dor é plenitude.
inquietude?
a calmaria das coisas dorme.
a vida não tarda.
ainda é quando.
5 comentários:
Vou te dizer uma coisa, é muito difícil comentar os teus textos.
Sem mais.
Falo em relação a qualidade das palavras. À sua experiência com elas. É como se houvesse um receio em relação ao entender, "ah, será que é isso mesmo?"
Por isso que acho difícil.
Henrique,
Poesia é tudo, e não é coisa alguma. Muitas vezes as palavras se dizem por si só, como você mesmo disse, em outras, não dizem nada. Não há entender ou não entender, a única coisa válida é sua interpretação. E se você interpretou, você entendeu, do seu jeito, claro.
"Não importa o que o poeta quis dizer". Poesia é liberdade.
Mas saiba que essa é uma opinião minha, certo? Há quem discorde.
Geralmente os meus textos falam sobre a morte, o pó, o nada.
Abraços!
Ótima explicação!
Muito obrigado!
Um beijo e um abraço!
"Dedos nervosos" escrevem, como se a tinta fosse acabar. Inquietos, quebram regras, martelos, linhas...
Caminhando em seus textos, lembro que a poesia (re)cria um mundo.
Eu, sempre fascinado por suas metáforas e imagens.
Um beijo, Minha Querida Poetisa.
Postar um comentário