"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Friedrich Nietzsche



sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ó, singela Orquídea!

                                      Para Iolita Campos


Cordilheiras e subúrbios
átomos coreógrafos e rasteiros
lírios e templos e seus vícios cômicos
observam tuas furta-cores
aos pés dos dias
dias de ar e de estrelas vadias.
Teus sorrisos se dão
sem piedade
verdes, amarelos, azuis, lilases...
Teus semblantes são de sol,
e são de mar
e deságuam nos olhos
das estátuas e querubins de asas pandas.
Tuas folhagens [como ponte]
indicam caminhos de árvore.
Teus tons
em ultrajante beleza
configuram bordados
de primaveras supersônicas
e tua legião de tronos e de virtudes
ofuscam
este poema de nuvem.

5 comentários:

Alisson da Hora disse...

Demorou!Mas arrasou! Que o blog tenha vida longa... ;)

Alana Torquato disse...

haha ' nunca duvide do que ela é capaz !

Simplesmente PERFEIO !
ela se supera a cada diia ! *-*

Vitória de Melo Bispo disse...

Olha só... Que honra, você comentando em meu blog!
Admiro poemas nesses estilo, muito provavelmente porque não os sei fazer.
Já disse a Rhalyne: Quando conseguir escrever assim, me aposento! haha

Parabéns!
Beijo.

Rosa Maria disse...

Karoline,


Encontrei seu blog por acaso, e confesso que fiquei sublimada. De onde és? O que fazes? Você me pareceu um tanto nova, e quanto a inteligência, nem é preciso comentar.

Parabéns.
Um grande abraço!

Rosa Maria.

Karoline Serpa disse...

Rosa Maria,

Que comentário impulsionante! Muito obrigada pelas gentilezas.

Sou pernambucana e estudante de letras. É, não sou tão nova assim, 23 outonos... (mas isso fica só entre nós) rsrsrs

Abraço grande e apareça. Será sempre bem-vinda.