"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Friedrich Nietzsche



sábado, 21 de maio de 2011

Na noite da alma uma estrela descansa

                                                                                        
                                                                                              Para F. S.
Flor é sumo-
mistério
rebentá-la só contemplam pássaros
quando distantes.
Quando celestes, tremeluzem pequenas
serenas carícias celestes
quando flor.
Quando Helenas, cheiram a orvalhos
acordados, bêbados.
Quando mantras
recordam em eco
o coro das nuvens
de arpas e liras
seus longes
suas margens.
Quando estrela, não irradia
silencia
no ser e dorme
na alma
da última pétala
vazia.
Toda flor é tímida.

8 comentários:

Unknown disse...

"toda flor é tímida"

Será por isso a minha timidez? haha
O poema está de uma sutileza profunda que me encantou muito.
sucesso, bee.

Maria disse...

Essa flor que sempre nós encanta com tão belas palavras!diferente de tudo que vc já escreveu um ritmo leve envolvente :)

Júnior Matos disse...

Mais uma imagem criada,
Um verso de afago n'alma.
se não irradia, silencia.
Grita, linda flor!!
Carrego comigo uma pétala que de te roubei.
Perdão, Não resisti.

Sempre encantado com tua sutil beleza e com o rebuscamento de teus verso.
Um beijo.

Neide disse...

Que singeleza!

Ana SSK disse...

Ai, e de tanta delicadeza, chega a ser obscena.

Vilmar Carvalho disse...

Olá, Poeta!

Cadência e ritmos marcam esse poema de belas metáforas!

Um abraço,

Vilmar Carvalho

Luz disse...

Quanta delicadeza há...

Cada qual acha sua "flor" pelo caminho.

Lindo, lindo
Faço mil analogias dele


Xêro do Ceará

F.S. disse...

"Quando estrela, nao irradia silencia..."
Obrigada minha linda por esses versos que contam a nossa amizade.