Um fosco disforme
recordações que se acendem
objetos ausentes que se movem
entre rostos desfolhados
empalidecidos pela simetria das horas
lembranças emolduradas
ressequidas pelo cansaço do tempo
tempo crispado pelas gotas do sal
que se escoam pela madeira negra
em silêncio
pedaços de papéis quebrados
esquecidos
nas esquinas do tempo
dos laços malfeitos
e desfeitos
abrandados pelo calor das cinzas
de lenhos nervosos e gastos
e frios
em razão das fatias de neve que se escondem
pelas madrugadas vazias
e todas
inquietantes como areias movediças
que se instauram na superfície da alma
remoendo paisagens esquecidas
destacadas pela umidade dos dias
que se impregnam na matéria
e se tornam sangue.
8 comentários:
Magnitude...
Não sei o que dizer, principalmente depois de sua belas palavras no meu blog. Obrigado e parabéns.
LINDAS PALAVRAS... BEIJOS AMORE!!!!
AFF, FIQUEI COMO ANÔNIMA? AI MEU DEUS!!! Foi a hora kkkkkkkk
E se tornam sangue... É, elas são inevitáveis.
Parabéns, Karoline!
Você sabe ser profunda, sabe ir além. E irá.
Você me mata de orgulho!
"lembranças emolduradas
ressequidas pelo cansaço do tempo".
Lindoo Karol!
Continue escrevendo assim: Divinamente!
"inquietantes como areias movediças"
Assim é que você nos deixa!!!
Parabéns,
Adorei,
Bjussssss.
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