Em Campos Elíseos desponta
e paira
no fecho da pupila
perfumados fios
d’água.
Em tempos humanos
crisântemos traduziriam
suas estrelas
e pássaros fotógrafos guardariam
os semblantes
de suas almas.
Na ausência do ser,
alma é sustentáculo.
(Às vezes chove, às vezes minto)
sou toda ecos.
Sublime é a face do silêncio.
Em contemplação à própria face,
persigna-se.
A alma.
5 comentários:
"NA AUSêNCIA DO SER,
ALMA É SUSTENTÁCULO."
"SUBLIME É A FACE DO SILêNCIO."
A alma é onde se encontra o sentido da vida. Alma que é espírito, onde habita o Espírito de Cristo.È lá o nosso sustento nas aflições.
Creio que somente os puros de coração conseguem contemplar a sublime face do silêncio. Silêncio que é na verdade uma outra forma de expressão, a mais intensa e verdadeira.
Emociona a forma, o conteúdo e ritmo!
Delicadíssimos véus!
"Na ausência do ser,
alma é sustentáculo".
Somos todos ecos!
Lindo...Lindo!
Abç
Nada a acrescentar!
Karoline, grata e agradável surpresa o teu blog! Desvelar tua poesia é como a emoção do navegador ao descobrir o continente desconhecido; tua poesia tem as altas montanhas de onde é possível tocar as estrelas, mas também tem os vales profundos, com seus rios ora caudalosos e traiçoeiros, ora mansos e acolhedores; há ainda as campinas rochosas com seus cardos coloridos mas há também as florestas densas com suas flores de uma beleza exuberante, exótica, carnívoras. Obrigado.
Postar um comentário