Para Margherita Galbiati
Há um silêncio no silêncio que
respira, e some.
No respiro transborda e
fecha-se, como pálpebras
como um discurso de pétalas
como pétalas fechadas
em (d)cores.
Configura-se em
contornos invisíveis
esplêndidos
desenhos pardos
místicos.
Santificar-se
é o desejo da flor.
Sublime é o suspiro
de suas pálpebras
pétalas
silentes pétalas
sábias.